quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pequi Fruto Tipico do Centro Oeste

O pequi já está por todos os lados e já dissemina seu cheiro inconfundível. Fruto típico do cerrado e um dos ícones da culinária mato-grossense. É nessa época do ano que os pequizeiros estão carregados e garantem bons frutos aos produtores e também àqueles que comercializam o produto nas feiras e nas inúmeras bancas nas ruas centrais da cidade. O alto consumo do pequi nesse período do ano é certeza de dinheiro extra para os produtores, muitos até o consideram como abono de final de ano, um 13° salário.

Embora seja encontrado com facilidade no mercado, o produto atualmente comercializado nas feiras e ruas da capital é oriundo do estado vizinho, Goiás. A produção mato-grossense começa a ser colhida de fato no final deste mês e tem seu auge em meados de dezembro. Nesse período as árvores estão carregadas – cada pé pode render até dois mil frutos - e os frutos começam a cair, quando então o produtor inicia a colheita, já que o pequi não deve ser colhido diretamente da árvore. De acordo com a bióloga e pesquisadora Lozenil Frutuoso, quando colhido no pé o fruto é fica mais amargo.                       

Imagem Google


Um giro rápido pelos principais pontos de venda do pequi revela porque ele é tido como a garantia de uma boa renda para produtores e vendedores. No Mercado do Porto, em Cuiabá, pode ser encontrado em muitas bancas ao custo de R$ 3 a sacola com pouco mais de meio litro, tanto o pequi goiano como o regional. Na banca de Reginaldo Cavalheiro a média diária de venda é de 30 sacolas.
Em outra banca, que oferece o pequi regional - cultivado na Baixada Cuiabana e Chapada dos Guimarães - a procura é bem maior. A explicação, segundo o proprietário da banca, está na preferência do consumidor pelo ‘nosso pequi’. “Apesar de não ser tão carnudo como o de Goiás, ele é mais saboroso. Nosso pequi não é amargo”, revela.

Assim como no Porto, também na área central da Capital a venda de pequi vai de vento em popa. Seu ‘Goiano’, que há seis anos trabalha com a venda de frutas e tem uma banca na rua 13 de Junho, junto à Praça Ipiranga, diz que essa é a época do ano em que consegue ‘juntar um dinheirinho’. “Com o pequi consigo um bom rendimento, com as outras frutas ganho apenas o suficiente para me manter”, afirma. Trabalhando de segunda a sábado no centro da cidade e aos domingos na feira, atualmente ele costuma vender em média 50 latas por dia - cada lata tem pouco menos de 1 litro - com preços que variam de R$ 3 a R$ 4 a lata. Mas o melhor período de vendas deve começar em poucos dias com o aumento da oferta do pequi regional, quando seu Goiano chega a vender até 200 latas por dia.


Imagem Google


“Por enquanto ainda estamos vendendo o pequi goiano que tem um custo maior para nós e para os consumidores. Com o pequi da região a oferta é maior e o preço também diminui. A lata que hoje custa R$ 3 ou R$ 4 e poderá ser reduzida para algo entre R$ 1,50 e R$ 2, isso fará com que nossas vendas aumentem bastante”, diz sem esconder a animação.

Ele também revela que hoje já não é tão fácil encontrar o pequi fora das áreas de plantação. Planta nativa, em outros tempos ela podia ser colhida facilmente, sem que fosse necessária autorização dos donos das áreas. “Hoje todo mundo sabe que o pequi é rentável. Tudo que é colhido ainda é pouco para atender a procura. Acredito que daqui uns dez ou 15 anos devemos ter fazendas de pequi, até porque não é preciso terra boa e cuidados maiores para sua produção”, informa.

http://www.almanaqueculinario.com.br/noticias/pequi-fruto-tipico-do-centro-oeste-128.html

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